Em um momento tão desafiador para a Educação brasileira, em que tanto o ensino público quanto o particular enfrentam os mais variados tipos de questionamentos e dificuldades, um projeto do Instituto Alpha Lumen – IAL, organização sem fins lucrativos que busca soluções de impacto social por meio de ações educativas, mostra todo o potencial que os estudantes e educadores do país possuem.
Realizado pela Fundação FIRST, organização norte-americana que visa estimular nos estudantes do Ensino Médio o interesse pelas áreas STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), o torneio ocorreu na cidade de Troy (Nova York), entre os dias 6 e 9 de março, e reuniu participantes dos cinco continentes. O IAL foi representado pela equipe Alphabots #1860, formada por 16 mentores e 12 estudantes do Ensino Médio.
“Como os estudantes dispunham de poucos recursos financeiros, a comunidade se mobilizou para viabilizar sua participação, por meio de eventos beneficentes, ações de crowdfunding e apoio de empresas brasileiras e globais, como Novelis, Boeing e Johnson & Johnson, que contribuíram via grant”, conta Nuricel Aguilera, fundadora do IAL.
Capacidade de nossas crianças
A equipe desenvolveu um robô ao longo de seis semanas, com o qual participou de jogos diversos durante o torneio propriamente dito. As competições incluíam uma tarefa realizada pelo robô no modo autônomo nos primeiros segundos, um desafio geral e uma última tarefa a cumprir no final. Todas as partidas são jogadas em alianças de três equipes cada uma, para incentivar o trabalho em conjunto.
A Alphabots #1860 conquistou 4º lugar na classificação geral do evento, dentre 36 equipes participantes, muitas delas apoiadas por gigantes da ciência e tecnologia, como MIT e NASA. Além disso, recebeu o Quality Award, da Motorola Solutions Foundation, pela qualidade do robô desenvolvido. Foi o melhor resultado já obtido pela equipe, que participa do torneio há alguns anos.
“Isso deixa claro a capacidade das crianças brasileiras”, afirma Nuricel. “Nossos alunos têm poucos recursos financeiros e vêm de escolas públicas e, com ações de educação, são capazes de suplantar essas barreiras”.
Conhecimento compartilhado
O FIRST Robotics Competition inclui também ações “off season”, realizadas após o evento, que estimulam o compartilhamento do conhecimento e o desenvolvimento comunitário. A primeira ação nesse sentido realizada pela Alphabots #1860 se deu ainda nos Estados Unidos. Os alunos e mentores viajaram para Boston para conhecer o MIT (Massachussets Institute of Technology) e, no dia seguinte, ministraram uma oficina para crianças e adolescentes no consulado brasileiro em Boston, para onde levaram inclusive o robô utilizado no torneio e puderam dividir um pouco do que aprenderam.
A partir deste semestre, as oficinas serão replicadas no Brasil, junto a escolas públicas de São José dos Campos, onde o IAL está sediado. “Assim, nossos alunos poderão ser multiplicadores e disseminar esse conhecimento perante a comunidade, em sintonia com o nosso propósito de formar líderes” conta Nuricel. “Os resultados no FIRST mostram para o Brasil que nossa garotada tem condições técnicas de competir em torneios internacionais de alto padrão, desde que tenham os estímulos para isso. Criatividade e inteligência podem suplantar falta de recursos. Vamos em frente!”, finaliza ela.
FONTE: TERRA
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